CONDOREIRISMO
Condoreirismo ou condorismo é uma parte de uma escola literaria da poesia brasileira, a terceira fase romântica, marcada pela temática social e a defesa de idéias igualitárias.
As décadas de 60 e 70 do século XIX representam para a poesia brasileira um período de transição. Ao mesmo tempo que muitos dos procedimentos da primeira e da segunda geração são mantidos, novidades de forma e de conteúdo dão origem à terceira geração da poesia romântica, mais voltada para os problemas sociais e com uma nova forma de tratar o tema amoroso.
Fugindo um pouco do egocentrismo dos ultrar-românticos, os condoreiros desenvolveram uma poesia social, comprometidos com a causa abolicionista e republicana. Em geral são poemas de tom grandiloquente, próximos da oratória, cuja finalidade é convencer o leitor-ouvinte e conquistá-lo para a causa defendida.
O nome da corrente, condoreirismo, associa-se ao condor ou outras aves, como a águia, o falcão e o albatroz, que foram tomadas como símbolo dessa geração de poetas com preocupações sociais. Identificando-se com o condor, ave de vôo alto e solitário, com capacidade de enxergar a grande distância, os poetas condoreiros supunham ser eles também dotados dessa capacidade e, por isso, tinham o compromisso, como poetas-gênios iluminados por Deus, de orientar os homens comuns para os caminhos da justiça e da liberdade.
A poesia social
Tobias Barreto grande poeta foi o fundador do condoreirismo brasileiro e
patrono da cadeira 38 da Academia Brasileira de Letras Antônio Frederico de
Castro Alves grande poeta social brasileiro.
Em vez de uma visão idealizada e ufanista da pátria, Castro Alves
retrata o lado feio e esquecido pelos primeiros românticos: a escravidão dos
negros e a opressão e a ignorância do povo brasileiro.
A linguagem utilizada por Castro Alves é grandiosa, caracterizada pelo
uso de apóstrofe. Encontramos também hipérbole e metáforas condoreiras
(águia, condor, céu, mar, infinito, abismo, sol...)
Características e temas de sua poesia social:
- Libertação dos escravos
- Defesa da república
- Hipérbole e metáforas condoreiras (citadas acima)
O navio
negreiro
-
"O navio negreiro" é um poema épico-dramático que integra a
obra Os escravos e, ao lado de "Vozes d"África", da mesma
obra, vem a ser uma das principais realizações épicas de Castro Alves. O tema
de "O navio negreiro" é a denúncia da escravização e do transporte de
negros para o Brasil.
- Mulher sensual/erotizada
- Paixão tórrida
- Repúdio da morte (a morte é citada em sua poesia, porém ela é
repudiada)
- Melancolia/tédio
Embora a lírica amorosa de Castro Alves ainda contenha um ou outro
vestígio do amor platônico e da idealização da mulher, de modo geral ela
representa um avanço decisivo na tradição poética brasileira, por ter
abandonado tanto o amor convencional e abstrato dos clássicos quanto o amor
cheio de medo e culpa dos primeiros românticos.
Em vez de "virgem pálida", a mulher de boa parte dos poemas de
Castro Alves é um ser corporificado e, mais que isso, participa ativamente do
envolvimento amoroso. E o amor é viável, concreto, capaz de trazer tanto a felicidade
e o prazer quanto a dor.
A poesia amorosa de Castro Alves é caracterizada por:
Castro Alves
Chamado de O poeta dos
escravos, Castro Alves é considerado a principal expressão condoreira
da poesia brasileira. Além da poesia social Castro Alves cultivou ainda a
poesia lírica, a épica e o teatro.
Sua obra representa, na evolução
da poesia romântica brasileira, um momento de maturidade e de transição.
Maturidade em relação a certas atitudes ingênuas das gerações anteriores, como
a idealização amorosa e o nacionalismo ufanista, às quais Castro Alves dará um
tratamento mais crítico e realista. Navio Negreiro foi uma de suas obras mais
importantes.
Querid@s alun@s,
ResponderExcluirGostei de vcs terem mencionado Tobias Barreto (inclusive com uma foto). Lamento que o parágrafo tenha ficado confuso... Vale a pena uma revisão no trecho em questão.
Sônia